Carta para Débora

Oi, Débora, tudo bem? Fico feliz por você abrir este papel e começar a ler o que tenho pra lhe dizer. Você pode considerar isso como uma coisa: infantil, idiota, cafona, sem nexo, e até mesmo desesperadora. Mas eu não tinha alternativa a não ser te escrever isso. Te garanto que certamente irei me arrepender até alma disso que estou fazendo, mas pra mim não importa; o jogo já está perdido, ainda sim, quero chutar a bola pro gol. Eu vou até o fim, mesmo sabendo que esse fim não seja favorável a mim.

Você me ignora, não adianta dizer que não me vê, por que eu sei que me vê sim! Mas seus olhos fazem questão de não me enxergar, enquanto os meus doem por ter que fingir que você não existe. Acho que tua moral deve ter ido lá em cima agora, não é?

Mas antes mesmo " daquela discussão ", ou melhor, nem digo discussão, mas sim " um lance " que dizia respeito apenas nós dois, mesmo ele sendo ruim para mim e não sendo como eu esperava, vir à tona, e as pessoas se meterem; o que é absolutamente ERRADO; você já estava um pouco de " pé virado " pra mim.

Infelizmente o que aconteceu magoou ambos; por mais que você diga que não, sei que ficou sim; tanto que só chegou até mim depois, mas no momento preferiu chegar até a Mariana, se não me falho a memória, pra saber o que tinha acontecido. Chegou a dar importância para as mentiras aumentadas que falaram sobre mim.

Período passado, você só falou comigo 3 vezes. A 1ª. Foi pra saber se eu tinha a apostila de comunicação e novas tecnologias, que por sinal você estava precisando; a 2ª. Foi quando eu te pedi cola, e como se não bastasse, a cola estava errada; e a 3ª. Foi quando eu disse que " depois queria falar com você ". Ou melhor, foram quatro vezes; teve uma vez, logo na primeira aula do Márcio, que você falou " oi " comigo, e na ocasião, eu até disse que tinha te deixado um recado de Natal, mas você disse que não tinha visto. Impossível: eu mesmo verifiquei se tinha chegado até você, e vi que estava lá sim, e não iria sumir, a não ser que você tivesse apagado. Não estou lhe cobrando nada; apenas estou escrevendo como me sinto. Sei que as coisas entre nós começaram mal; digamos que de uma forma um tanto " estranha ", pois da mesma forma que você pensou coisas erradas sobre mim, tendo uma impressão negativa; eu também tive sobre você, e elevado a sétima potência.

Fico balançado toda vez que te vejo; é uma tortura pra mim ter 3 das 4 matérias que faço, junto de você. Meu coração bate sem parar quando vejo você, que está cada vez mais linda e exuberante. Mas sou obrigado a fazer o que você faz comigo, mesmo com o coração partido.

Não tenho vergonha de admitir isso; pode ser uma coisa boba, idiota e infantil, mas mesmo assim, preciso lhe confessar isso. Tenho certeza que a tua moral deve ter chegado nas nuvens, mas também posso estar errado. Aposto que nenhum homem fez o que estou fazendo nesse momento; disso eu tenho certeza absoluta. Quando eu te disse que ficava radiante que te via, e você não acreditou em mim, chegando ao ponto de duvidar do que eu lhe disse pelo telefone. Eu lhe disse que sou um homem diferente; de fato eu sou, não tenho vergonha de demonstrar o que sinto, mesmo que isso não signifique nada para quem está sendo destinado o meu sentimento, e eu te incluo nesse meio.

Gosto do mistério que te envolve; desse seu sorriso lindo tão cheio de energia. Sei que as coisas entre nós nunca mais será a mesma ( se é que já foi algum dia) e você nunca será o que desejo; pode ser que sim, mas prefiro ficar com a primeira alternativa, pois sei que é a verdadeira.

Me diz, Débora, quanto tempo vou ficar amarrado em você? Me diz quanto tempo vou ficar querendo te ter? Eu precisava muito te dizer isso, e não tive alternativa a não ser desse jeito. Estou muito envergonhado, mas tinha que ser assim.

Diogo Jovi
Enviado por Diogo Jovi em 23/02/2011
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2809869
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