Carta à um velho fantasma.
Não haverá sequência lógica em nada que eu escreva aqui.
Não existe lógica a guiar meus passos e menos ainda as coisas que eu sinto.Ou talvez até exista.
Sim. Existe um padrão. Autodestrutivo e tendencioso, enraizado em mim como parte fundamental do que as pessoas dizem ser minha personalidade.
Padrão que me leva a perseguir os mesmos e inofensivos moinhos de vento travestidos de velhos fantasmas impossíveis de derrotar por simplesmente não existirem fora de mim.
Eu mergulhei nos seus olhos e toquei tuas sombras, e delas tenho me alimentado e alimentado a loucura insurgente que pulsa no meu peito. Eu vi você através das máscaras e você continua sendo um mistério; a esfínge que repete sem parar:
- Decifra-me ou te devoro.
E nem eu te decifro e nem você me devora.
E quanto mais você se afasta, quanto mais repele, mais e mais eu te desejo.
Madness is a gift....