SACERDÓCIO

Sacerdócio

Quando falo de ritual poético, falo do sacerdócio de escrever para...

Não um escrever apenas determinado pelo sentir de quem escreve, mas um ato contínuo, escrever e tentar passar a emoção do sentir do escritor para o leitor. Como um dar as mãos para um mergulho profundo na própria alma, na alma de cada um. Fazer o leitor respirar conforme a emoção do texto para que aja a catarse simultânea. Apesar de não me dizer poeta, fico feliz quando um texto meu alcança o leitor e o faz vibrar, o comove e o inspira a pensar.

Claro que para isso faço mão de signos contundentes do universo particular de cada um. Tento tocá-los nas suas mais recônditas imagens , na sua memória emotiva, nas lembranças da sua alma enfim, convido-os a uma viagem sensorial – por sinal, objeto de trabalho da oficina que ministro - L’Atelier de Emoções. Esta experiência com os sentidos, emoções, respiração e sentimentos, são os alimentadores das minhas cartas, que eventualmente posto no Recanto.