Ser mãe, eterno aprendizado!

É um desafio escrever para mães, não sendo uma delas, mas é comum dizer que a mulher, pela sua natureza, traz em si o dom de acolher e o dom da maternagem, ou seja, de acolher o outro com o amor filial. Esta é a graça de saber que já somos amados mesmo antes de ser gerados, é graça e dom de Deus o amor maternal.

Não sendo uma delas, mas atendendo muitas mães, vamos aprendendo, lendo e convivendo com genitoras que nos trazem diversas histórias de vida, aprendizados, experiências e gostariam de trocar a experiência da formação e aprendizado dos filhos.

É por meio da mãe, seja ela com vínculo sanguíneo ou não, que damos início ao desafio de ser seres humanos e conviver em sociedade.

Mais do que instinto, ser mãe é algo que prende nossa atenção pelo fato de envolvermos outros aspectos, como comportamentos aprendidos e experiências de vida que nos tornaram diferentes no contato com nossos filhos.

Acho importante tocar neste aspecto: por vezes, as mães estão insatisfeitas no modo como têm realizado seu papel. Aí é hora de aceitar suas dificuldades, aprender com outras mães, buscar em sua família bons exemplos de maternidade. O que devemos evitar é aquele rótulo de que, por nossos sofrimentos de vida, repassemos tudo isso para nossos filhos. Creio ser este o maior erro. Sabe aquela frase que começa assim: “Filho meu não faz isso...” E “Filha minha se engravidar fora do tempo vai ser botada pra fora de casa....”. Ouvimos isso milhares de vezes. Mas, será o melhor caminho?

Ser mãe é cuidar, trazer para perto, conversar; chegamos então ao X da questão: nossa relação com os filhos não é apenas instintiva; é também intuitiva; perceber mais as reações do filho, as amizades, as vivências e os hábitos dele. Quebrar uma barreira que possa existir entre você e seu filho, que é muito mais uma barreira “mental” imposta por você, dizendo o que você deve ou não tratar com ele. A relação mãe-filho sofre influência marcante da cultura, do ambiente social, religioso, financeiro, da nossa saúde física e mental, do nosso acesso à educação, ao lazer, ao trabalho, ao descanso, à dignidade, ao reconhecimento.

Mãe não é aquela que cede, que concede, que libera e facilita a vida; mãe também abraça, acolhe, esbraveja, chora, também precisa de colo e de proteção. Afinal, ser mãe não é ser "mulher maravilha" com um cinturão cheio de superpoderes e ter todas as respostas em mãos, mas ganhar um espaço com seu filho; sim, dar a ele um espaço de escuta, um espaço de amor, de acolhida. É a graça de vivenciar vários papéis ao mesmo tempo: ser mãe-mulher-cidadã-esposa-profissional! Muitos papéis para esta mãe, que vai moldando seu jeito de ser e atender todas as necessidades apresentadas; capacita sua forma de entender seus aspectos humanos e estando bem psicologicamente, também contribua no desenvolvimento saudável de seus filhos. Viver as alegrias e sofrimentos que ser mãe representa, unidas à fé, à esperança, ao amor-doação. É saber criar seus filhos e saber gerá-los para a vida.

Que lindo presente é ser mãe! Um papel que, na verdade, nunca acaba; ser mãe está e sempre estará em sua vida como a experiência mais transformadora que uma pessoa pode viver. Tudo isso faz com que você seja tão especial e importante na vida de seus filhos!

Te amo mãe!!!

Ludmila FSCJ
Enviado por Ludmila FSCJ em 07/05/2011
Reeditado em 29/03/2012
Código do texto: T2955930