PALAVRA AO MEU FILHO

Meu filho,

A vida é boa (ainda que haja momento em que ela parece ser uma megera – não se iluda, é uma aventura e ela própria quer ser vivida).

É o maior tesouro que nos foi dado.

Muitos não sabem usá-lo ou apreciá-lo.

Para se viver bem é preciso amar a vida com intensidade.

Seja o instante que for , bom ou mal, aproveite para aprender.

Sinta! Este é o dom de quem está vivo.

Pode-se sentir o prazer (nem todos convêm) – é o tom, a nota de se estar vivo!

Não se esqueça de se proteger (sempre – mesmo no que for mais inocente) ao se deliciar com tudo que a vida lhe oferecer.

Lembre-se que o maior prazer sentido é o de estar vivo para simplesmente viver.

Guarde-se para poder sentir várias vezes e não perecer em um único e primeiro deleite.

O momento seguinte é melhor do que o presente.

(o instante de agora é a certeza de que se está vivo).

Se o agora for bom ou ruim, não te incomodes – só os vivos podem sentir a felicidade e a dor. O importante é viver, seja lá o que for (a vida criará pontes para ser continuada e vivida – ela quer isto).

Recorde-se que estas palavras foram escritas por quem já sorriu e já chorou.

Sabe da calma produzida pela alegria e a lição tirada da lágrima que rolou (evite chorar – já se comprovou que, apesar do choro ser catarse, ele provoca confusão mental).

Se eu lhe falo desta maneira é porque, como pai, te amo; como amigo, quero lhe ver sempre sorrindo e vivo.

Viva intensamente com prudência!

Quero em minha velhice ver ainda teu vigor e ouvir a tua voz ao dizer:

-vivi, senti, amei e por isto valeu a tua palavra de pai!

L.L. Bcena, 01/12/1999

POEMA 294 – CADERNO: ROSA VERMELHA.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 10/08/2011
Código do texto: T3151892
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