Desisto de tentar

Eu realmente desisto de tentar te mudar. Desisto pelo simples fato de precisar desistir. Porque já não me atrai insistir num caminho sem volta, afinal de contas, se nesse espaço de tempo eu não consegui fazer a mínima mudança no teu corte de cabelo, que chance eu teria de mudar o teu jeito de ser? No que me diz respeito... Você nem precisa. Porque eu adoro suas qualidades, mas gosto mesmo é dos seus defeitos. De todos, um por um...

Adoro quando você me olha e simplesmente não fala nada. Adoro mais ainda quando fica desconfiado pela forma como te olho. Eu amo quando você diz que gosta de mim, desse teu jeito de gostar aos pedaços, com hora marcada. Eu adoro, da forma mais insana possível, o fato de você simplesmente sentir ciúme pelo jeito como eu digo um simples “oi”, ou como sabe todas minhas manias. Amo sua conversa chata sobre como eu fico ridícula por não aceitar que gosto de você ou chamar você pelo nome. Amo a confusão que em que vives. A confusão que és. E a confusão que basicamente me fez te conhecer.

Pode aparecer um cara bonito, inteligente, que goste do que eu gosto e que preste atenção no que eu falo. Que, mesmo assim, eu não vou querer, porque, com tantas qualidades assim, é claro que ele não poderia ser melhor que você. Ninguém mais me faz enxergar o sofrimento com tanta alegria. E a paixão com tanto fervor. Mesmo que eu siga em frente... E beije outra boca... E até me encante por um outro alguém, com você é diferente. Com você, sempre vai ser diferente. Eu gosto dos seus olhos, do seu beijo, do seu cheiro, das suas roupas, do seu nome, e do número do seu telefone. E a verdade, se quer saber, é que me sinto tola por isso. Porque se não for com, por, para e sobre você, não vale a pena.

Rosa Araújo
Enviado por Rosa Araújo em 16/08/2011
Código do texto: T3162597
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