Conselhos para Homens (defina o que você quer)

Olá, bom dia, colegas de cuecas, como vocês estão?

Como vão os seus relacionamentos? Suas namoradas, noivas e esposas estão contentes com vocês? Ou elas vivem a suspirar pelos cantos a procura de um príncipe encantado que, em hipótese alguma, você teria o mínimo potencial para ser?

Saiba, pessoas barbadas, que qualquer um pode ser um príncipe encantado para sua amada; ouça bem, leia bem, você que possui dois ouvidos e dois olhos, QUALQUER UM, pode fazer uma mulher muito feliz. E o resultado de fazer uma mulher feliz é que você, consequentemente, também ficará muito satisfeito com a gata que está ao seu lado.

Assim, gente frequentadora de bares, estou aqui novamente tentando incutir em vós algumas sementes de prudência, bom-senso e sapiência. Aproveite, ó caras emburradas, aproveite aquilo que o papai, o vovô e o titio deixaram escapar na educação incipiente que te deram. E eu não os culpo por isso, pois eles não possuem, nem de longe, o background que este que vos escreve acumulou nesses anos de observações.

Então vamos lá.

Vamos tentar sanar um probleminha básico de alguns relacionamentos. E quando digo que o problema é básico, torcedores de clubes de futebol, creiam em mim, é mesmo básico.

Esta matéria que hoje vou abordar é, por demais, rudimentar. Contudo, a maioria das pessoas, homens e mulheres, não a observam. Não prestam atenção ou, de fato, têm uma percepção da vida que está muito distante da realidade.

Dessa forma, gente das baladas, botequins e afins, digo a vocês que devem definir o que querem de um relacionamento.

Como assim?

Primeiramente, definir o que se quer de um relacionamento é sentar junto à sua amada e celebrar um contrato.

Nesse contrato constarão as cláusulas que ambos deverão cumprir, sob pena de anulação do contrato e da dissolução do vínculo amoroso.

E como o contrato é um acordo livre de vontades, é possível que nele seja inserido tudo que as partes desejarem, sem restrições, nenhum tipo de restrição. A única restrição é a não concordância das partes.

Por se tratar de um contrato bilateral, sinalagmático, há uma reciprocidade de prestações entre as partes, isto é, ambos possuem direitos e deveres. Uma vez empenhada a palavra, esta deverá ser cumprida e estará sujeita às sanções previstas nas cláusulas contratuais.

(sabia que a formação jurídica me valeria para alguma coisa)

Então, pessoas que tendem a descumprir o que foi acordado, se você optou por um contrato de exclusividade, seja exclusivo, não queira que somente a sua parceira se submeta a essa cláusula.

Não queira, num contrato de exclusividade, ter o melhor de dois mundos. Alguns homens pensam que podem levar uma vida de solteiros quando estão comprometidos com alguém.

Amigos de camisas listradas, isso é um sonho!

Quando se tem um relacionamento sério com alguém praticamente tudo deve ser feito em parceria. Grande parte das coisas que você fazia enquanto descomprometido não cabem mais a você, little boy.

Se não suporta esse tipo de vida, se não quer se submeter a uma vida dedicada ao seu amor, então faça outro tipo de contrato. Mas lembre-se de que em um contrato de não exclusividade, tal cláusula vale para ambas as partes. Depois não chore e não culpe a sua gata se ela aparecer com outro agente cuecário à tiracolo.

E essa regra serve para tudo na vida, ou seja, defina o que você quer do outro. Quais são suas expectativas, quais são as dela. Se notar no início que ela não tem capacidade de cumprir com a palavra, fuja rapidamente.

Defina o que quer, comprometa-se e exija comprometimento. Com as regras do relacionamento bem nítidas, os problemas que surgirem serão administrados de forma bem mais tranquila.

Eu sei que isso tudo é bem difícil. Eu sei muito bem disso.

É difícil porque as pessoas não se comprometem umas com as outras. Ou se assumem um compromisso, não cumprem. São falsas, mentirosas, descomprometidas...

Sinal dos tempos?

Talvez sim. As pessoas perderam noções básicas de vivência em sociedade.

Liberdade maior, maior tolerância? Tudo bem.

Contudo, não há nada mais essencial que o respeito. Claro, depois do ar e da água.

Ops, disse somente coisas básicas...

Percebeu isso, amigo do descompromisso? Se percebeu que o que falei é nada mais do que o óbvio, muito bem, bravo! Parabéns, sabia que você não é um caso perdido.

Mas perceba também que se falo a você essas coisas básicas, é porque nem o básico você possui competência para fazer.

Garotão, prudência e dinheiro no bolso, canja de galinha não faz mal a ninguém.

Até mais.

Frederico Guilherme
Enviado por Frederico Guilherme em 26/10/2011
Código do texto: T3299068
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