Declaração e Adeus

Sei que não sente nada do que sinto por você, deve me achar um chato e estar agradecendo à Deus por eu ser covarde e não lhe dar o trabalho de me dispensar, mas eu preciso dizer isso, queria ter dito ontem, semana passada... Sempre quis dizer, porém (ao que tudo indica) não o farei "ao vivo". Não quero fazê-lo na frente dos outros e... As palavras estão fugindo, não sei o que escrever. Eu tenho de lhe falar isto, se quiser depois apenas esqueça, prometo jamais voltar a tocar no assunto e muito menos tentar algo, sabendo o que sinto e o que sente. Não consigo tirá-la da cabeça, todo o mundo é você, minha razão ao amanhecer, minha angústia ao anoitecer. Amo você por inteira, amo além da beleza e de modo diferente do que já amei outro alguém (dizer amor é exagero e prematuro, mas peço licença poética. Gosto de coisas caudalosas). Amo teus defeitos, teu sorriso, teus olhos, teus cabelos, aquele olhar irritante de desprezo que dá quando digo alguma merda. Minha Bela, te amo por clara e por escura.

Podia falar mais, mas não quero incomodar (ainda mais). Sei que você deve estar pensando "Puta que pariu, que piá idiota", ainda mais por já ter deixado claríssimo que não quer nada, mas não queria deixar passar em branco este sentimento. Minhas esperanças são vãs, mas ainda assim crescia em mim uma necessidade de falar um pouco do que sinto, estava "transbordando". Sou muito inconstante, hoje te amo, semana que vem voltamos a ser apenas amigos e eu descubro que era apenas mais uma paixonite. Acredito que seja isso, normalmente é isso. Sei que se me desse a chance eu te amaria, mas isto não vai acontecer nunca. Eu simplesmente queria que você soubesse, antes de o momento passar e tudo isto se esvair, que hoje eu te amo. E, por favor, não me odeie. Juro que é esta a última vez que falo nisso, que logo esqueço e tudo volta ao normal.

Rodolfo Kowalski
Enviado por Rodolfo Kowalski em 30/10/2011
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