Carta Ao Povo de Joaquim Gomes.

 

 

 

A Lei n.º 2468, de 25 de agosto de 1962, fez nascer nossa cidade de Joaquim Gomes. Portanto, temos 49 anos de história.

 

Um pouco menos, 39 anos, Joaquimgomense, nascido no Engenho Meirim pela mão da parteira Dona Estela, registrado no cartório de dona Jacira Guimarães, filho de pais Joaquimgomenses, vejo-me na obrigação de tecer um breve comentário à vista do momento peculiar que vivemos politicamente.

 

E não o farei de forma pejorativa, tendenciosa, mas de forma que todos possam entender e avaliar o que pensa um de seus patrícios.

 

Quando sai do sítio para morar na cidade comecei a estudar no Colégio Mário Gomes, sob os cuidados da minha estimada Profª Péu (Petrúcia), comecei a viver o dia-a-dia da cidade.

 

 

Da casa de meu avô Antônio “Chiquinho”, tive o privilégio de ouvir as histórias que envolvia nosso município pela “boca” dos que viveram tal época, como os senhores Paulo Gusmão, Batista, Leopoldo, Moisés, Malaquias...

 

De forma que, quando me “entendi de gente” o prefeito era o Sr. Jendevaldo. De lá pra cá, poucas coisas mudaram por força de ações dos poderes municipais.

 

Naquela época, Joaquim Gomes não tinha bairro. O passa-tempo dos mais velhos era as conversas no fim de tarde nas praças, na calçada do mercado da farinha, uns no interior da farmácia do Sr. Manoel, outros ao redor do saudoso Lula Pessoa.

 

Já os mais jovens, depois da escola, jogavam futebol, ximbra, pião, banho de rio, de açude ou ir ver o ainda desconhecido Voleibol pela mãos de Zito, Joaquim, Sotero, Mário Jorge do Marô, entre outros...

 

Zé Duda, equilibrando-se em suas moletas, cuidava das fachadas comerciais. Antônio Honorato era o retratista. Lá nos “Home” e na Zeza, de tudo se achava entre uma feira e outra. A padaria do seu Zé Guimarães e do seu Pragatinha dividiam o paladar da cidade. Ester, nos correios. Duda, na Ceal. Sr. Antonio, na Coletoria. Sr. Amaro do bar, paciente, suportava as discussões banais sobre futebol e outras resenhas...

 

E as noites era um fervor nas praças da televisão e da matriz, da singular disputa de beleza entre as meninas da cidade contra as da Usina Alegria...

 

Hoje, as coisas mudaram: a cidade cresceu (segundo IBGE de 2010, somos 22.575 hab.), temos bairros, a era digital é uma realidade, seremos os primeiros a realizar uma eleição totalmente biométrica, sites levam nosso cotidiano ao mundo num clique.

 

Mas, politicamente, vive-se como naquele mesmo tempo (parado no tempo): são as mesmas velhas, vestidas de novas, mesquinharias, picuinhas, perseguições, interesses particulares e miúdos.

 

Não há propostas concretas para melhoria de nada! Só conversas, disse-me-disse, debates vazios da câmara às ruas, quintais...

 

A cidade cresceu à “toque de caixa”, pelo êxodo rural, falta de emprego e de interesse público. Somo uma cidade constituída de poderes públicos e órfãos dos mesmos.

 

Há algo muito peculiar nos que exercem cargos nos poderes municipais, é como se fossem tomados por uma força maior que desperta, alfora, arrogância e estupidez, criando atitudes que os elevam a donos de uma fatia da cidade.

 

E olhe que nossa cidade foi administrada por conterrâneos e até “estrangeiro”, gente que conhecia Joaquim Gomes só por saber estar no mapa. Passaram pela prefeitura e outros poderes de “brocoiós” à letrados e, efetivamente, em que o POVO se beneficiou?

 

Abro um parêntese para dizer que quando falo POVO refiro-me ao povo mesmo, não aos apadrinhados políticos desse ou daquele que se esgueiram como ratos à procura de sobras.

 

Acredito, porém, que é hora de mudar... Tenho fé que isso ocorra, independente de quem ganhar a eleição, nem tanto nessa (isso mesmo,  depois três anos saiu decisão para novas eleições) mas na próxima. Pois sabemos que não há muito o que fazer (para ações boas) em tão curto tempo até as eleições 2013.

Por outro lado, se o que for eleito trouxer no seu íntimo a vocação de más ações, menos de um ano, será uma eternidade para o já tão sofrido Povo Joaquimgomense.

 

Desejo que as cores que tremulam hoje nas ruas da minha querida cidade (amarelo, azul e vermelho) sejam simbolo de uma disputa honesta, onde prevaleçam o civismo (e não o cinismo!), a ética e intenção de fazer algo jamais feito até hoje: servir ao POVO.

 

Que essas cores não sejam extensão de alegorias carnavalescas, nem parte de uma aquarela vil de intrigas e interesses escusos.

 

Temos três opções. Três que já tiveram oportunidade de mostrarem sua capacidade.

 

Não existe nem anjo, nem demônio. Existem três homens com valores e vícios, virtudes e defeitos... Avaliem todos não por palavras ou promessas, mas pela ações!

 

Ao POVO, desejo um mínimo de serenidade...

 

Não venda seu VOTO!

 

Não venda seu FUTURO!

 

DENUNCIE OS ABUSOS A JUSTIÇA ELEITORAL E QUE DEUS NOS PROTEJA!

 

At,

 

Flávio Chagas de Omena.

 

 

 

 

 

 

 

Flávio Omena
Enviado por Flávio Omena em 05/11/2011
Reeditado em 06/11/2011
Código do texto: T3318682
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