METADE

Com o passar do tempo e, claro, dos anos, descobri que tenho verdadeira aversão à metades.

A menos que seja a outra metade daquele mini bolo que a gente tenta deixar pra depois mas não resiste, metade alguma me agrada.

Como diria o Frei Márcio, meu eximio prof. de Fenomenologia: explico. Uma vez, ele disse pacientemente que, explicar quer dizer desfazer dobras, pregas e que, complicar é extamamente o oposto: dobrar, embolar: Complicação, pura e simples.

Pois bem, não gosto de metades.

Gosto do completo, do inteiro, sem sobras ou meias verdades.

Ou fica ou vai.

Está ou não está.

Tem ou não tem.

Pega ou larga logo.

Fala ou cala de uma vez.

A vida é curta demais para um caminho 'meio' andado, situação 'meio' que resolvida e amor 'meio' vivido.

Ou quer ou não quer e ponto (.)

E que fique na metade quem consegue ser 'meio' feliz com suas escolhas. Um brinde com taças vermelhas à quem consegue viver pela metade. Eu assumo: Já não sou mais capaz.

Não se pode estar meio bom;

Definitivamente, não tenho mais paciencia para situações "meia boca".

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Por mais que 'equilibrio' seja sempre o "meio termo" propagado, para mim, hoje aos 36 anos, mãe de um homem de quase 19 anos, de um pré adolescente de 10, avó de um filhote de labrador chocolate e de um velho gato persa, equilibrio é saber distinguir o que me agrada e o que não me serve de nada e equilibrio maior é ter coragem de assumir de peito aberto e com sorriso de satisfação, o aprendizado diario de tentar viver cada dia com menos hipocrisia.

METADE na voz de Osvaldo montenegro: (letra no outro post)

http://www.youtube.com/watch?v=v-6-xK6EqYA

Donna Gê
Enviado por Donna Gê em 02/12/2011
Código do texto: T3368255
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