Aos leitores, uma carta.
Eu falo muito como escrevo e escrevo da forma que falo.
Não sou dado à palavras difíceis, mas as uso sem dó quando quero desejar bom dia.
O problema é que, como nem tudo que penso foi transcrito e significado, minhas falas e grafos saem com uma caminhoada de neologismos, co-criações (grato aos meus amigos que são a flor da inspiração que brota todo dia, abusada e intransigente, no seu domo de vidro, enquanto limpo meus vulcões) e parênteses de pensamentos paralelos que insistem em vir e invadir o texto.
Gosto de escrever vomitando, sem me preocupar se a cara está bonita o ângulo está bom ou se o cheiro vai incomodar alguém.
Gosto de escrever com a alma e uso todo o meu espírito
[de porco!]
Gosto de escrever por que lêem.
E se lêem é porque gostam.
Masoquistas do meu coração.