MÃOS

Os desenhos que fiz dos sons, dos involuntários dizeres,

Move-me em circulares devaneios amordaçados

E não dizendo dizer tudo que sinto, e os prazeres.

Mãos que falam nos toques carinhosamente procurados

Falam das mãos que dançam ao som da voz

Pequenas bailarinas delicadas em volteios

Como a soprar encantos mágicos em pós

Percebes no silencio quebrado pelos ruidosos olhares

O pensar no que achas que não deve ser pensado

Você sabe... eu sei.