500 cartas para ela – Carta 33: Máquina do tempo

Hoje estive pensando no tempo. Na verdade estive pensando em arrependimento.

As pessoas dizem que não se arrependem de nada, que só se arrependem do que não fizeram...mas não fazer é a ação de fazer nada...enfim, mas pensando nisso, eu comecei a pensar: A qual momento eu voltaria se pudesse?

Não foi difícil encontrar a resposta, pois rapidamente, lembrei (de novo) daquele momento em que eu deveria ter roubado um beijo seu, aquela minha ultima chance de fazer isso e que eu deixei passar. Tenho a maldita mania de querer ter certeza das coisas antes de fazê-las, e lembrando da sua reação, eu agora sei que o beijo não seria tão roubado assim, porque você esperava por ele. E toda vez que lembro disso, tenho vontade de bater com a cabeça na parede, de tão idiota que fui. E mais ainda por ficar aqui parado esperando até que você não sinta mais nada por mim (se ainda sente alguma coisa).

Por quê, ao invés de ficar lamentando ao tempo que passou, eu não trago o tempo de volta ao presente?

Sei que você já tentou algumas vezes nos reaproximar e que meu medo foi, e ainda é, uma enorme barreira, nesse caso a do tempo, nos impedindo de estar juntos por separar nossos momentos.