Carta para o número dois

Se quase não nos falamos é desnecessário a palavra amor. Quando você diz que gosta de mim, indago-me tentando saber o motivo; pois nem meu hobby, muito menos meus problemas diários os conhece.

Acho que se interessou pelo físico. Comparo como se fosse um "lance" de balada: troca de olhares, álcool e necessidade sexual. Depois de se satisfazer creio que se esquecerá do meu nome.

Talvez, você me envolva pelo seu estilo sexy de ser. Mas o amor verdadeiro é interno e não externo. Sabe, sonhei muito em sentir sua boca na minha, aquela mordida no pescoço para deixar-me marcado. Infelizmente, apenas isso que consigo imaginar para o nosso futuro: uma noite.

Peço-lhe desculpas, porém suas palavras não me transmitem confiança, fico inseguro quando estamos juntos.

Será que estou com medo de ter muitos concorrentes? ou você é muita areia para meu caminhão?

Quero-o como um amigo (ou ainda somos apenas colegas?), como um irmão para irmos para gandaia, de chorarmos juntos, irmão de abraço e de colo; carinho.

Tenho medo de te perder. Foi de maneira inusitada que você apareceu na minha vida, agora quero que se perpetue nela. Suas rugas ainda quero ver.

Para um amor, necessita-se de companheirismo, tempo, atenção e é fundamental tratar o parceiro com exclusividade. Isso inexiste entre nós.

Ainda acredito que pouco gosta de mim, mas o medo de perder seu ego torna-o assim.

Muito confuso estou para dizer "sim" ou "não", todavia foram essas palavras que precisava escrever.

Anderson Nakai
Enviado por Anderson Nakai em 01/04/2012
Reeditado em 14/09/2020
Código do texto: T3588063
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