JURAS DE AMOR

Imponente e branca deslizas com suavidade no azul

Como acolhedor colo enche-se ao sopro e vai femininamente

Inclinando-se às carícias do vento

Deixando sulcos temporários na superfície.

Preenchendo o azul de branco,

Outras velas deslizam do sul.

Colares de espumas, pérolas catadas

No mais profundo sentimento.

A areia molhada...Fim de tarde.

Correr chapeando nas ondas sorriso inteiramente livre.

Canções cantadas e assobiadas, brisas macias no céu dourado.

Luzes piscando ao longe, silhuetas da cidade.

Noite se adentrando.

Banho de balde, água tirada da fonte.

Ir logo para casa tomar café...Pão quentinho

Sentados na canoa, conversa e namoros

Amar na beira do cais sob os olhares da lua cheia.

Depois papo pra cima contar estrelas

Trocar juras de amor para amanhecer com verrugas.

Lembranças...Tempo de esperanças, na rampa das docas

Da Salgadeira...