***CARTA QUE NÃO ENVIEI***

(Carta)

Quando a natureza, na peripécia, resolve ousar e, sua ousadia é tanta que aos seus olhos, mãe e filha conseguem na mesma época engravidar.

E eis que: Mãe e filha dão a luz no mês de maio com diferença de apenas três dias, então, a mãe presenteia a filha com uma irmãzinha que recebeu o nome de Célia.

E a filha presenteia a mãe com o primeiro neto que recebeu o nome de Dilsom.

Nascia aí o meu primeiro irmão.

E poderia existir felicidade maior para mim que ainda habitava o plano espiritual batalhando uma passagem de vinda pra me juntar aos que hoje amo tanto?

Ah! Mas isso só aconteceu dois anos depois da chegada do meu outro irmão que antes de mim, teve merecimento e recebeu o nome de Mário.

Mas finalmente dois anos depois eu cheguei e reinei como filha, cheia de dengo e muito amor até aos nove anos, quando passei os dengos para minha adorada irmã Nelma, que encheu nossa casa de brilho pela beleza e delicadeza que até hoje, comove e a todos da família.

Mas voltando ao caso da mãe e da filha, elas novamente tiveram bebês, dessa vez foi com diferença de um ano, nesse caso as duas tiveram meninas e uma delas sou eu Sonia.

A mãe que lá no começo da história deu a luz a uma menina, dessa vez que teve uma menina um ano depois da filha, teve um resguardo conturbado e longo, pois a doença encubada resolveu aparecer com a maternidade e a deixou por um ano na cama, para vir a óbito deixando o marido desesperado que com menos de seis meses, também seguiu o mesmo destino da esposa amada.

Deixando além dos filhos casados, as três filhas menores.

No que foi preciso acomodar as meninas na casa dos filhos.

Como a adolescente de 15 anos cuidava do bebê que contava já um ano, ficaram juntas na minha casa por decisão em reunião de família, já que as meninas eram irmãs da minha mãe.

Bom! Assim aprendi amar e repartir tudo que por acaso pudesse ser meu.

O motivo de escrever essa carta, é que neste ano de 2011, meu pai que vive na cidade do Barão do café, se Deus permitir completará noventa anos.

Ele é lindo, educado, sorridente, é capaz de torcer e cumprimentar os genros e netos quando o time do flamengo joga e ganha.

Seria normal se ele não fosse do time do Vasco da Gama.

Por isso minha homenagem à minha mãe pelo dia das mães e, aos meus dois irmãos que aniversariam no mês de maio.

E como esse é o mês das mães e de Maria.

Não poderia deixar de homenagear meus maravilhosos irmãos e minha mãe, (ela que já não está entre nós)... E também o meu pai Oswaldo Barbosa, cidadão Vassourense, um anjo, o verso, a rima, o amor que inspira e dá vida ao personagem dos contos e da poesia dos filhos.

A nossa poesia viva!

03/05/2011

Sonia Barbosa Baptista

Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 17/04/2012
Reeditado em 18/04/2012
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