Afasta-te de mim, covarde!

Afasta-te de mim, covarde! Não preciso de palavras de alento ou de desculpas paliativas. Não vou morrer, isso eu te garanto. O caminho é longo e difícil, contudo, vou ultrapassar a linha de chegada. É engraçado como as pessoas mentem e acreditam durante alguns instantes nas mentiras que contam, tanto que interpretam com maestria. As palavras de amor, os planos de um futuro próximo e as imagens de um final feliz são idealizados com tanto furor que chegam a emocionar, mas quando chega a hora derradeira vêem que não era bem aquilo que queriam, que há muita coisa para se viver e se almejar em vez de passar o resto da vida ao lado de alguém com seus defeitos e humores, com suas limitações que antes não pareciam importar.

É, amiga, a vida é dura, e como se isso fosse pouco aparecem pessoas na nossa vida que somente nos fazem desacreditar. Mas eu continuo. Não fui eu que terminei, não fui eu que desisti, nem que achou coisa melhor para fazer. Consiência tranquila, bola para frente, como já dizia o poeta. A vida é assim, infelizmente. Mas continuo. E quanto a você somente me resta uma coisa a dizer: Perdeu, otária!