Em silêncio

Não dá pra fingir, pra omitir essa dor que existe em mim.

Solto as palavras que saem lá do fundo, veem sujas de ressentimentos, argumentos de um tempo marcado por um amor, tão grande que jamais imaginei caber em mim.

Não adianta conversar e deixar as palavras soltas no ar, não posso me enganar, sei bem como quero e o que anseio é poder seu olhar contemplar, sem lhe deixar escapar, olhos nos olhos, cartas na mesa, quero sentir a pulsação de seu coração e saber qual será minha reação.

Não me peça para esquecer as reticências de minha história, um passado traiçoeiro que não me sai da memória, talvez ainda seja presente.

As lacunas precisam ser preenchidas, para que assim eu prossiga minha caminhada com essa página virada.

Quiçá essa dor volte a ser amor, ou não! Também não importa, aprendi que as folhas secas caem das árvores, mas renascem na próxima estação.

Ainda te espero, mas o tempo não...pense nisso!

Volto a me calar, melhor assim!

Damiana Almeida
Enviado por Damiana Almeida em 15/06/2012
Código do texto: T3725402
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