Estávamos em férias ... continuação 14a. carta "os primeiros progressos na fonoaudiologia"

Os progressos na fonoaudiologia eram excelentes.

O Róger começou a chupar picolé com a fonoaudióloga e engolia direitinho. Os médicos se animaram e solicitaram a terapia em conjunto fonoaudióloga e fisioterapeuta. Eu fiquei encantada. Um trabalho em conjunto! O objetivo deles era retirar a traqueostomia. E o Róger respondia muito bem a todos os estímulos. A gente via a satisfação dos profissionais envolvidos.

A gente então, nem se fala. Todo dia a gente ligava ou passava email para uma tia do Róger, que repassava para a família.

Vou abrir um parênteses para falar de uma estratégia legal da minha cunhada/irmã. A estratégia era centralizar as informações para não gerar boatos, mal entendidos e cansaço nosso, por ter que repetir a mesma coisa para cada um que ligasse pedindo notícias. Nossa!! Eu não imaginava que isso acontecia com uma família. Eu mesma tantas vezes visitava amigos e parentes e ficava perguntando. Agora que estou do lado de cá, entendi o quanto essa estratégia foi importante para nós e para todos interessados. A notícia chegava certa e tempestivamente.

E o nosso menino era o Campeão de Visitas no hospital e isso se repetia nas mensagens recebidas pelo site do hospital, que eram entregues no quarto, nos telefonemas, nas mensagens no celular.

Voltando ao hospital, o trabalho em conjunto a cada dia trazia mais progressos. Todos os dias o Róger comia sorvete, picolé, geléia de maçã..O Róger respirava normalmente no ar ambiente. O Róger engolia a saliva adequadamente. Dois pré-requisitos importantes para a retirada da tráqueo. Até que o médico bateu o martelo e disse: Vamos trocar a tráqueo para metálica. Trocar? Mas, não ia tirar? Perguntamos: o que isso significa? E fomos informados que primeiro trocava para uma menor, por questão de segurança.

Dias depois o Róger estava sem a tráqueo. Respirando naturalmente, graças ao bom Deus e Nossa Senhora.

Aos poucos a fonoaudióloga passou a dar treinamento para nós oferecermos os alimentos para o Róger. Assim, um segundo objetivo veio junto com a boa aceitação da dieta gelada e pastosa, Róger poderia ficar livre da gastronomia.

E os médicos avisaram que iam dar alta para o Róger.

Rosa Destefani
Enviado por Rosa Destefani em 17/09/2012
Reeditado em 31/10/2012
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