Estávamos em férias ... continuação 18a. carta "O que estava acontecendo com os olhos do meu filho?"

A clínica médica do Hospital solicitou um oftalmologista para avaliar uma irritação dos olhos do Róger. Segundo o médico, eram micro bolinhas transparentes, pareciam gelatina, que apareciam na córnea. Essas micro bolinhas causavam muito incomodo nos olhos, que segundo o médico, comparáveis com areia nos olhos. Ele não conseguia abrir os olhos. É algo relacionado ao “olho seco”, quando a pessoa não pisca os olhos ficam secos e então aparecia a irritação. Os nossos olhos são lubrificados naturalmente a cada piscada.

Iniciou então um procedimento de limpeza ocular. O oftalmologista fazia raspagem nos olhos a cada dois dias. Precisava de um colírio anestésico e colírios antiinflamatórios e antibióticos. A pedido do mesmo médico, pediu para outra oftalmologista avaliar os olhos do Róger. Era o mesmo diagnóstico, apenas espaçando a limpeza ocular e a intensificação da lubrificação ocular com colírios.

Aos poucos aprendemos a perceber quando começava a irritação para aumentar o procedimento de lubrificação.

Os olhos do Róger começaram a ficar diferentes, levemente, um do outro. Sutilmente, na abertura ocular, na cor viva ou não. Senti medo do Róger perder a visão. Oh, meu Deus! Não permita isso.

Meses mais tarde, soubemos que os médicos também não tinham certeza da visão dele. Não afirmavam nada. Não garantiam nada. Não confirmavam nada.

Quando chegamos em Cuiabá, o hospital também solicitou exame dos olhos do Róger por oftalmologista. E por incrível que pareça, a médica examinou e receitou uma lente especial de proteção. As lentes de contato iriam proteger os olhos da secura, prolongando a hidratação feita pelos colírios. Abençoada médica.

Como já tinha passado uns seis meses do acidente essa médica avaliou a deu-nos uma notícia avassaladora: “o nervo óptico do Róger não apresentava características saudáveis”.

O que significava isso? Meu Deus!!! Socorrei-nos!

A médica tomou um susto, da mesma forma que nós. A gente não sabia de nada disso. Ela também perguntou se nenhum médico havia falado conosco sobre isso. Meu Deus! Isso significava que o nosso filho provavelmente não iria mais enxergar. Aai... Ai... que dor.

Meu marido fazia uma brincadeira com ele. Chegava bem perto dele e silenciosamente apertava os olhos, fechando. Fazia isso... uma... duas... centenas de vezes. E, para nós, o Róger respondia ao estímulo, piscando levemente os olhos. Como então ele não enxergava?

Convivemos meses com a dúvida: “O Róger enxerga ou não?”

A cada consulta esperávamos a noticia de que o nervo óptico estava normal, colorido, brilhante. Mas, a resposta continuava a mesma: “o nervo óptico do Róger não apresentava características saudáveis”.

Essa realidade era doída demais. Novamente, meu marido, cheio de fé e esperança, pediu intercessão de Santa Luzia, protetora dos olhos. E todos os dias ele realiza a oração, com muita fé.

O diagnóstico final do nervo óptico a gente não tem ainda. O Róger já foi avaliado por outros oftalmologistas, mas a avaliação clínica ainda é indefinida, pois alguns movimentos dos olhos impedem o exame pelo oftalmologista.

Escrevo com alegria para vocês que hoje o Róger reconhece cores, compara tamanho de objetos, escreve palavras corretamente, e consegue ler alguns títulos com letras maiores. Ele está enxergando, com a graça de Deus!

É uma felicidade receber essa benção de Deus! A vitória vai chegar!

Rosa Destefani
Enviado por Rosa Destefani em 30/09/2012
Reeditado em 31/10/2012
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