O primeiro encontro.

Os dois tentaram, mas o encontro era inevitável;

Aconteceu num dia frio de primavera, o ar estava

úmido e tudo cheirava à perfume de flores.

Os dois se olharam com ternura, o desejo ardia em

seus corpos, pararam de resistir e se entregaram

em um abraço delicado, mas forte.

Ele a apertou contra si, acariciou sua nuca, beijou

seu pescoço, sentiu todo seu corpo estremecer;

Ela se chegou mais à ele, numa entrega muda,

naquele instante palavras não significavam nada.

Ele procurou sua boca e beijou a com sofreguidão;

Seus corpos, antes colados, se fundiram, eram um

só agora.

O encontro se deu finalmente, suas mentes deixaram

de existir, só os corpos existiam, e estes não tinham

noção de certo ou errado, de bem ou mal;

Não conheciam outra coisa se não as carências do

Amor e do desejo.

Outubro de 2012.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 18/10/2012
Reeditado em 18/10/2012
Código do texto: T3939901
Classificação de conteúdo: seguro