Para você moço

Escrevo-te sobre algo que talvez nem saiba, por meio de uma via considerada inidônea, para de alguma forma me sentir bem.

É moço! Que estranha intensidade a vossa...

A verdade é que conhecer você foi uma coisa bonita, foi ver tudo colorido e alegre, foi sentir aquele amontoado de emoções e borboletas no estômago, que muitos dizem acontecerem só em livros de romance.

Perdoa-me, mas isso eu tenho que falar, pois faz parte de toda essa minha explicação equivocada.

Talvez eu tenha sido inconveniente demais, mas principalmente por ser demais precipitada, como muitos dizem, que coloco todo o meu processo mental em palavras, e que isso assusta as pessoas, que é preciso disfarçar, esconder, mentir. Eu não queria que fosse assim. Mas, ao invés da verdade clara e em frente aos meus olhos, preferi ver por trás deles, da minha maneira.

De qualquer forma, mesmo que não houve o meu roteiro fixo, pré-determinado, gostei de concentrar-me em sensações de alegria, fé, expectativa. Gostei de ter o nome bonito, de ser chamada de "querida", do meio abraço e de todas as complicações supostas que não aconteceu, mas eu criei.

Sei que é difícil entender, e não o obrigo a participar dessa epifania. Apenas me desculpe por empolgar-me tanto com sua "passagem em minha vida", por ser tão dramática, mas eu não queria fazer mal a você. Escrevo por absoluta necessidade. E se tudo foi efêmero, é culpa minha, o que dói é a nostalgia de algo que nem mesmo chegou a acontecer.

Rabisco essas palavras com esperança, como uma missiva que anseia que algo bom aconteça.

Ah, moço! Eu preciso muito muito de você, eu quero muito muito você aqui de vez em quando, nem que seja muito de vez em quando...

Perdoe as minhas tentativas inábeis, desajeitadas, mas que seja bom o que vier, para você, para mim.

De todo o coração, com carinho, porém sem embrulho.

Evelyn Dias
Enviado por Evelyn Dias em 27/11/2012
Reeditado em 28/11/2012
Código do texto: T4008541
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