"A CHUPETA DOCE"
Osasco, 06/03/07
Tia Jane
Saudações:
Ref/ Rebeca
Até quando infelizmente não sei , mas por enquanto a Rebeca não irá as aulas; pois roubaram-na de mim. Já com certa idade, acreditava eu que já tinha esvaído minha capacidade de amar ; amava por amar, sem intensidade. De repente, surge em minha vida uma criancinha, pré- matura ,carente, pelancuda, magriceliiiinha parecendo uma largatixinha denutrida; sem forças até para mamar e filha de uma mãe e de um pai esmiolado. Busquei amor onde parecia não encontrar: no fundo do poço, no fundo do corpo, no fundo do espírito e no fundo da minha alma. Esmerando no aconchego, ofereci tudo o que a pequena precisava; pouco importava o preço, era preciso fazer, dar carinho, comida da melhor, melhor roupa, escolhinha escolhida a dedo ,visando o bem estar da boneca. Uma historia nos conta que, uma senhora passava por uma rua, quando deparou com uma criancinha que choramingava; seus olhinhos lacrimejavam, e a senhora compadecida , ofereceu à pequena, uma gostosa chupetinha, dessas ,feitas de groselha e açúcar. A criancinha imediatamente parou de chorar e embora sorrindo , não havia limpado as lagrimas ainda, quando um malvado passou pela criança e arrancou-lhe a chupeta doce para seu desespero.Que pena, chupava com tanto gosto aquele doce! Ficou lambendo os beicinhos e os dedinhos.
Assim fizeram com este expectro de gente.Enquanto o contato físico se foi, ficou a saudade arranhando e dilacerando o coração ferido de um vô, de um pai , de uma mãe e de um super amigo.
Cada canto que olho, cada doce que vejo , cada criança que encontro,cada brinquedo que toco , cada passo que dou, cada escolhinha que deparo, , cada choro manhoso que ouço , cada gesto infantil..., estou ali, sentindo o gosto amargo da carência e esvaindo-me todo.
Levaram-na de mim, tal qual se leva um bem exclusivo; sem qualquer explicação, assim com quem nada deve . Juntaram todo esforço meu convertido em amor, juntaram todos meu gastos, juntaram todos os meus sentimentos e fazendo deles uma trouxa , a jogaram num charco de águas purulentas putrefadas pelo esgoto da desfeita.
Outro dia em extase ,fui conduzido até a porta da sua escolhinha para buscá-la ,como sempre eu fazia..., e quando me vi na real...
Ainda não reuni forças para ir até ai acertar as contas, mas poupe-me me de maiores sofrimentos; faça você mesma as contas e, entregue ao pai da Julia.
Roosevelt
Osasco, 06/03/07
Tia Jane
Saudações:
Ref/ Rebeca
Até quando infelizmente não sei , mas por enquanto a Rebeca não irá as aulas; pois roubaram-na de mim. Já com certa idade, acreditava eu que já tinha esvaído minha capacidade de amar ; amava por amar, sem intensidade. De repente, surge em minha vida uma criancinha, pré- matura ,carente, pelancuda, magriceliiiinha parecendo uma largatixinha denutrida; sem forças até para mamar e filha de uma mãe e de um pai esmiolado. Busquei amor onde parecia não encontrar: no fundo do poço, no fundo do corpo, no fundo do espírito e no fundo da minha alma. Esmerando no aconchego, ofereci tudo o que a pequena precisava; pouco importava o preço, era preciso fazer, dar carinho, comida da melhor, melhor roupa, escolhinha escolhida a dedo ,visando o bem estar da boneca. Uma historia nos conta que, uma senhora passava por uma rua, quando deparou com uma criancinha que choramingava; seus olhinhos lacrimejavam, e a senhora compadecida , ofereceu à pequena, uma gostosa chupetinha, dessas ,feitas de groselha e açúcar. A criancinha imediatamente parou de chorar e embora sorrindo , não havia limpado as lagrimas ainda, quando um malvado passou pela criança e arrancou-lhe a chupeta doce para seu desespero.Que pena, chupava com tanto gosto aquele doce! Ficou lambendo os beicinhos e os dedinhos.
Assim fizeram com este expectro de gente.Enquanto o contato físico se foi, ficou a saudade arranhando e dilacerando o coração ferido de um vô, de um pai , de uma mãe e de um super amigo.
Cada canto que olho, cada doce que vejo , cada criança que encontro,cada brinquedo que toco , cada passo que dou, cada escolhinha que deparo, , cada choro manhoso que ouço , cada gesto infantil..., estou ali, sentindo o gosto amargo da carência e esvaindo-me todo.
Levaram-na de mim, tal qual se leva um bem exclusivo; sem qualquer explicação, assim com quem nada deve . Juntaram todo esforço meu convertido em amor, juntaram todos meu gastos, juntaram todos os meus sentimentos e fazendo deles uma trouxa , a jogaram num charco de águas purulentas putrefadas pelo esgoto da desfeita.
Outro dia em extase ,fui conduzido até a porta da sua escolhinha para buscá-la ,como sempre eu fazia..., e quando me vi na real...
Ainda não reuni forças para ir até ai acertar as contas, mas poupe-me me de maiores sofrimentos; faça você mesma as contas e, entregue ao pai da Julia.
Roosevelt