o lado de ser a outra.

Nasce uma explosão de euforia e desejo, não pensamos nas consequências, apenas vivemos...

Passados meses e anos afins descobrimos que o preço é muito alto. Perdemos nossa essência, nosso pudor, os ensinamentos bíblicos em busca de uma falsa felicidade que aos poucos descobrimos que são migalhas comparados aos demais, tudo você tem igual a matriz ou quase tudo, só abrimos mão para passarmos a gravidez sozinha, as noites, fins de semana, natal em família, aniversários, dor de barriga... Seria quase uma independência forçada com deveres, porém sem direitos.

Dizem até que ficamos com a melhor fatia do bolo,podemos até não precisamos lavar cuecas, suportar sogra encrenqueira, cunhado abusado jogado no sofá da sala aos Domingos, sogro babando no lençol do quarto. Enfim... mas nunca ninguém veio perguntar como essas mulheres se sentem perante a sociedade, mediante sua família e até mesmo como elas se sentem como mulheres que nasceram de uma família constituída de um casamento ou não e cheias de sonhos.

Nesse momento queria registrar caro leitor que essas mulheres marginalizadas pela sociedade, elas não escolheram essa vida,ACONTECE!... Elas também têm sentimentos, amam, sofrem e dariam a sua própria vida, ALGUMAS DELAS, para mudarem o enredo dessa historia e terem uma “vida normal”. Saiba que não é fácil ver seu Amor abrir a porta e sair sem dia e hora para voltar, ouvir tocar o telefone e saber que não é você que está do outro lado da linha, ver sempre o lado da cama vazia, noites frias sem um pé para esquentar o seu, alguém para te ouvir de madrugada sobre as travessuras do seu herdeiro,até mesmo receber um simples beijo de boa noite, ter quem faça cafuné quando você está triste e sentindo-se sozinha, ouvir dizer: calma eu estou aqui com você,criar seus filhos com a ilusão do Pai sempre viajando. É muito fácil julga-las, O Bom é você conseguir ser elas.

Passamos a vida inteira na penumbra de um lar que só existe pra quem fica.

Quem nunca se apaixonou que atire a primeira pedra...

Ana Cunha
Enviado por Ana Cunha em 30/01/2013
Reeditado em 09/03/2015
Código do texto: T4114584
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