As coisas que aprendi com você durante os seus primeiros seis meses de vida

Então já se passaram seis meses, hein?! Meio ano de vida...

Nossa! Como o tempo passa rápido! Dia após dia com você, dia após dia aprendendo a ser mãe, a ser a sua mãe.

A primeira lição que aprendi foi a mais importante: o amor. Meu Deus! Eu juro que acreditava já ter conhecido o amor antes. Não. Eu não tinha aprendido... Aprendo isso a cada dia.

Depois das noites em claro, graças a Deus aprendi a dormir de novo! Mas também aprendi a acordar com cada “miadinho” seu. Aliás, aprendi a acordar só com os seus barulhinhos.

Aprendi a me olhar no espelho e, ao invés de enxergar defeitos, enxergar as marcas do amor.

Aprendi a admirar, achar linda e até amar cada marquinha que você me deixou.

Não são estrias, são as marcas da elasticidade que meu corpo teve para abrigar você em meu ventre.

Não é flacidez na barriga, é a sua “casinha” sentindo a sua falta.

Não são seios caídos e flácidos, são seios de uma mãe que recebeu a bênção de poder alimentar alguém com tudo o que podia.

Não é um corte, não é uma mutilação, é a marca do momento mais feliz e emocionante da minha vida. Às vezes, quando uma sensação é muito forte, ela não cabe só no coração e transpassa para o corpo.

Aí, quando voltei a trabalhar, aprendi a conviver com a saudade. Está aí outra coisa que achei que já sabia de cor, mas que você me ensinou a sentir de verdade. Trabalhar o dia inteiro ao invés de ficar com você durante todo o dia... Que tortura! (Isso é sério. Não é drama ou metáfora, nem mesmo tentando impressionar ninguém)

Sabe que alguns dias, quando a saudade está bem grande e bem forte eu chego até a sentir o seu cheirinho gostoso?

Aí tive que colocá-la na creche e mais uma dura lição a ser aprendida: a da real preocupação.

Mas também aprendi a me emocionar – e não é força de expressão – a cada vez que vou te buscar e vejo o seu sorriso, escuto o seu gritinho, vejo seus bracinhos se esticando na minha direção, seus olhinhos brilhando e sua força pra sair do carrinho. Que delícia!

Aprendi a ser amada. Mesmo com todos os meus inúmeros defeitos você me ama e esse, pra mim, é um presente tão divino que faltam palavras para explicar como me sinto. Feliz é uma descrição ínfima perto de como me sinto realmente.

É claro que também aprendi a fazer uma coisa feia: comparar. Quando eu a levo às consultas com a pediatra, fico de olho nas crianças que têm mais ou menos a mesma idade que você. Acho que toda mãe faz isso, né?! Não vou chamar de “comparação”, mas de “troca de figurinhas”. Assim me sinto melhor.

Ah! Virei cheff de cozinha e descobri que você come tudo o que eu cozinho. Me sinto “A” cozinheira, “A” cheff, “A” expert. (risos)

Mas acima de tudo, descobri que quem nasceu naquele dia fui eu.

Eu amo você Fernanda! Nunca, NUNCA duvide disso.