Rio de Janeiro, 11 de março de 2013

 

Amigo Ciro69
 
 “Hoje cedo na Rua do Ouvidor”, quantos rostos tristes eu vi. Donde vem essa tristeza coletiva? Ou seria eu, que triste, transferia minha tristeza para as faces anônimas da Rua do Ouvidor?

 Pensando bem, é difícil, quase impossível, portar cara alegre as oito horas da manhã depois de horas em barcas, trens, ônibus e metrô para o primeiro dia de trabalho da semana, sabendo que amanhã e depois de amanhã, e depois e depois e depois, tudo outra vez, horas em barcas, trens, ônibus, metrô, lotadas, lotados, lotados, lotados.

 Para minha falta de alegria hoje na Rua do Ouvidor não tenho nenhuma teoria. Poderia culpar a fuga em massa das minhas esperanças. Mas faz tanto tempo que minhas esperanças estão retirantes, perdidas a procura de um mundo que sabemos não existir. Minha tristeza de hoje cedo na Rua do ouvidor nada tem a ver com minhas perdidas esperanças, tem a ver com algo que não sei o que é e não sei se quero saber. “Amanhã vai ser outro dia”. Não é verdade amigo Ciro69?

 Amigo Ciro se você entrar em contato com nosso companheiro GDantas pede pra ele trazer lá de Niveiorque, donde ele tá gozando férias, um pouco de neve pra gente. Eu nunca peguei neve com minhas mãos, enem com nenhuma outra parte do meu corpo, que fique bem claro.

 Abraços carinhosos amigo Ciro.

 

 


Yamãnu_1
Enviado por Yamãnu_1 em 11/03/2013
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