Filósofo (Meu?)

Querido filósofo que me ronda,

dizes ter medo da minha inteligência. Como assim?

Dizes que te roubo a solidão e te faço rir. Tanto assim?

Perdoa-me não te fazer um verso. O que queres enfim?

Já partiste uma vez e fugiste de ti mesmo e de mim.

Ah, filósofo querido, não é teu meu coração. Ainda não.

Mas fica por aqui, se quiseres, enquanto arrumo as gavetas

e encaixoto lembranças de coisas que nem ainda vivi. Quem sabe, quando chegarem os trovões eu queira enfim a tua mão.

inalda lima
Enviado por inalda lima em 28/05/2013
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