A QUEM ME AMA... A QUEM ME ODEIA!!!

A você que nem sabe quem sou, ou sabe mas não liga pra mim, abraços apertados e beijos molhados. Como vim do desconhecido sem conhecer nada, assim irei quando terminar esta jornada. Escolhi me doar à humanidade, aos meus patrícios de verdade sem reserva: soldado sem vida, minha, soldado cheio de vida, suas.

Se não for tanta vaidade, quero assim ser lembrado por aqueles que me conheceram um pouco, que viveram um tanto comigo.

Não sou herói, sou apenas um menino com 59 anos que ainda "brinca" de "mocinho e bandidos". Tenho nas veias um colorido de uma bandeira que pouco me honram e o alarido de um povo que pouco, ou nada me conhece.

Mas ninguém tem culpa, eu escolhi essa vida. Como diz o suposto apóstolo Paulo: "Estás sem mulher, vivas sem mulher". Mas isso são só palavras de um apóstolo revoltado.

Escrevo a você, a vocês que me amam ou que me odeiam porque quero deixar como legado apenas o que acreditei: em nada, e em tudo. Uma verdade seja dita, acreditei em você, mesmo estando longe, mesmo sem ter te tocado, te abraçado e te beijado, acreditei que és humana e que te sensibilizastes com alguma coisa que escrevi, embora tenhas não acreditado na maioria das coisas, que mais parece ficção.

Eu sou uma ficção, um sonho para muitos, mas um sonho que se realiza no dia a dia, uma ficção que impede dos "bandidos" ficarem muito livres e tornar pior o que já está ruim.

Eu e amigos sabemos que somos reais... carne, osso e espírito e que lutamos por uma causa. É, temos uma causa para por ela lutar.

Então, Linda e causticante meu ser, talvez um dia nos encontremos, mas sem essa de vida eterna, de deuses, porque nós somos os próprios deuses e os próprios demônios a se digladiar neste tão pequenino planeta situado num tão vasto universo.

Me amas, ou me odeias? Não podes ficar no meio termo; não há meio termo.

Escrevo primeiramente a ti... Depois, a todos.

BRASIL! SELVA!