A Kombi se foi...

Aprendi a dirigir numa Kombi ano 1977. Já viajei mais de 5000km, envolto no ruído estridente do motor refrigerado a ar. Conforto? Nenhum, mas pouco importava. O mais legal era ver a família reunida dentro dela e várias opções de lugares para se sentar, isso sem contar com o famoso "chiqueirinho", que ficava lá atrás, em cima do motor. O volantão enorme, a alavanca da marcha, a porta traseira que abria ao contrário. Era tão legal ver meu pai acelerando aquela "caixa de papelão" a 120km/h! Ah Kombi, sua viagem final chegou. Lotação, venda de frutas, água sanitária, peixe, escolar, motor home, baú de entrega de cigarros, lanches, de carroceria, cabine dupla, a diesel, a ar, a gasolina, a álcool, flex, a gás, a gás de cozinha, 4X4, meu Deus, quantas configurações diferentes, quantos usos diferentes. Sim, ela se vai e nenhuma outra van será igual a ela, até porque Kombi nunca foi vai. Foi, é e sempre será perua, Perua Kombi.

Paulo Farias
Enviado por Paulo Farias em 13/07/2013
Reeditado em 05/08/2013
Código do texto: T4385547
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