Momento

Hoje disponho a calma de um coração destruído.

Vagante de uma batalha inacabável, viajante sobre um passado contínuo.

Entre as linhas venho descrever meu momento, ao qual já deves estar observando de uma bela estrela, quiçá uma nuvem.

Tenho aprendido que devera não aprender, sinto-me putrificar com as novidades, ao qual no aprendizado desaprendo a confiar.

Aquele doce menino com sonhos aos olhos e amor aos posteriores, se distancia cada vez mais de um desfecho de paz.

Perdendo tudo ao qual amou, amando tudo que já perdeu.

Desconfiando de tudo que pudera confiar, fechando os olhos para o que dissera importar.

As dores das derrotas com as maldades de um presente, o ódio do próximo, a fome de um desconhecido, eis o momento ao qual me fortaleço.

Serei justo a este injusto mundo, por saber que existi dores maiores que a minha.

Injustiças maiores das que já me atingiram, gotas de sangue ao invés de lágrimas.

Detenho-me à vida, como um simples figurante da forma ao quais todos deveriam, pois somos servos do amor e sem ele, somos escravos da dor;

Somos destrutivos, destruídos, ignotos ao singelo momento de amar.

Perdidos!

Assim como estive quando foste;

Assim que estarei enquanto não reencontrar-lhe.

Perdido em um mundo de loucos famintos;

Faminto por uma loucura passageira.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 14/08/2013
Código do texto: T4433941
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