Lembranças e saudades da minha Vovó.

A primeira coisa que me lembro da minha infância é da casa da Vovó. Queria tanto lhe dar um beijo, um abraço e sentir teu cheirinho de vovó… Todos os dias vovó lembro-me de você. Não tinha cafuné, abraço, conselhos, bronca e historia mais gostosa que a sua, ah não posso deixar de fora o café no coador de pano, o pão quentinho e o macarrão, não a nada mais saboroso do que da nossa vovó.

Hoje, sua casa, esta ocupada por pessoas que nunca tinha visto antes, hoje sua casa, existe na vida de novos moradores e por vezes, na busca de resgatar a sua doce imagem vovó, a esperança de encontra lá, ainda dou uma passada por lá. Embora, eu sabia que você não estará mais lá.

Tinha uma voz bem bonita a minha avó, uma descendente de italiano, baixinha, cabelos claros, olhos esverdeados e brincalhona. Com ela poderíamos falar todo o assunto, do mais engraçado ao mais sério, a minha vovó, ou melhor, a minha VELINHA, pois era assim que a chamávamos, era uma pessoa boníssima. Outra dolorosa saudade eram os cafés da tarde e os almoços de domingo, nossos cenários de risos e bagunças, o gosto a alegria, acho que nunca sentirei igual.

Que mais pode querer alguém? Um colinho de vovó. É eu queria um colinho de vovó… De longe, sinto um vazio cheio de saudade. Vovó, obrigado por tudo. Obrigado por ser minha vovó, uma vovó de quem me orgulho e que, por ser especial, só chamo a de MINHA VELINHA QUERIDA…

Vovó, você se libertou do corpo, adormeceu para esta vida e despertou para outra. Queria que você tivesse a certeza do quanto foi especial para mim. Desculpa por não ter passado mais tempo contigo.

Saiba, minha Velinha, que eu te amo muito, muito, muito. E que, quando foi embora para sempre, eu chorei e choro muito de saudade, mas me alegrei muito por estares no lindo lugar que tu nos ensinaste a querer.

Benção, Vovó. Te amo.