Cartas para CAU*

Ontem na saída do cinema você ficou em pé ao meu lado, emparelhando a altura do seu ombro no meu, depois sorriu marotamente e disse: “Eu já consigo ver em cima da sua cabeça!” ... Como assim?? olha aí a foto de dois anos atrás, eu ali fazendo massagem naquele pezinho pequeno de um menininho. Eu ainda posso ouvir o barulho da motoca pelo quintal, a bola e o som dos carrinhos de fricção fazendo ‘vrum-vrum’ de um lado para o outro da casa; ouço o choro e os passos em minha direção gritando “manhêeee” toda vez que caia e ralava os joelhos ou as mãos, e o tal “Dá um beijinho que passa” funcionava muito bem, obrigada. Tá bom, você cresceu! Filhos crescem e fazem isso numa velocidade assustadora, não é mesmo LU?** Mas olha...pouco importa se grandes ou pequenos, meninos ou homens, baixinhos ou mais altos do que eu. Quem foi que falou que para o coração de mãe o filho cresce: Vão continuar a ser meninos. E vão continuar cabendo no meu colo e ganhando beijinhos para curar uma dor, toda vez que chamarem pelo meu nome, com ou sem joelhos e mãos ralados.

De coração. Mamãe Geise.

*Meu filho de 12 anos.

*Meu filho de 20 anos.

Donna Gê
Enviado por Donna Gê em 28/10/2013
Reeditado em 28/10/2013
Código do texto: T4546137
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