Amigo que se foi com as drogas

Era uma manhã chuvosa com um céu nuviado aos 18 de dezembro de 1999, quando no quarto da Casa de Saúde São José, me despedia de um querido amigo vítima da AIDS por uso de drogas injetáveis de nome Manoel.

Estava ele simplesmente com 50 kilos mal distribuídos num corpo de 1m85cm.

Sua vida passou a mudar quando um belo dia discutiu com sua mãe por motivo não exposto, e entrando em depressão, foi ter com "amigos" que só o levaram para o fundo do poço. Neste exato momento, Manoel foi tragado para o submundo das drogas de maneira pérfida e implacável.

Desse dia em diante, seu comportamento mudou dentro de sua casa, agredia a sua mãe por nada, roubava para obter a famigerada droga, seus irmãos chegaram a socorrê-lo dentro do morro correndo riscos de vida ao extremo.

É preciso alertar os jovens, por isso escrevo esta carta tão triste e dolorosa para mim e para todas as pessoas que o amavam incessantemente.

Quando retornava ao normal, JURAVA que nunca mais voltaria a tal submundo, mas de nada adiantava, e além disso, foi internado diversas vezes por sua família para livrar-se desse mal, mas todos os esforços eram em vão, pois fugia e continuava a agir de maneira errônea.

Até que uma semana antes da data acima referenciada, foi internado em estado terminal pelo uso maligno e excessivo dessas drogas, falecendo nos braços de sua mãe neste dia.

Dois anos depois, sua mãe, (D. Gecy), faleceu vítima de gangrena (amputação das duas pernas).

Hoje eles encontram-se nos braços de Jesus, e depois de tanta fatalidade, esperamos que estejam bem e descansando em paz.

Enfim, é esta a história, porém resumida.