CARTAS DE AMOR (EC)
 
Todas as cartas de amor são ridículas.
 Não seriam cartas de amor se não fossem  ridículas.
(Fernando Pessoa)
 
Meu alguém:

Não saberia dizer ao certo das horas, só sei que estou só, posto que, todos dormem. Só sei dizer, que de repente, algo explodiu dentro de mim em forma de carinho, de ternura que sinto por você. Não, não tome isto como divagação... Isto é uma carta, talvez uma carta não tão alegre, mas uma carta para quem eu quero bem, para quem eu não me envergonho de copiar dos almanaques frases feitas,   que dizem do pedaço de mar que existe em mim; de folhas brancas que poderiam ser as páginas de minha vida que não foram escritas; de girassóis pálidos e que cantam os últimos acordes de uma melodia que silencia e de pássaros brancos que talvez sejam o símbolo da paz que eu não consegui encontrar...

Meu alguém confesso que já não tenho certeza  se houve alguma coisa entre nós e se houve quanto durou e se houve por que houve. Tem horas que penso que tudo não passou de imaginação minha. É tudo tão vago... Sabe meu alguém é hora de parar de sonhar, que fique comigo o tormento do não amar e ser amada por você, da ilusão de  me ver em teus olhos...

 Assim, só me cabe dizer... Adeus.
                       
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Este texto faz parte do Exercício Criativo (EC) sob o título “CARTAS DE AMOR”, outros textos versando sobre o mesmo tema pode ser encontrado neste link: http://encantodasletras.50webs.com/cartasdeamor.htm)
 
 
 
 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 25/11/2013
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