Sem luz

Hoje brincam com as luzes, como se montassem um altar,

os invejo pelo fato do meu ter se destruído com à ausência da sua luz.

As crianças correm com imensos sorrisos ao rosto, fazendo-me lembrar

do quanto foi bom amar.

E nos perjúrios de um passado um tanto recente eu me dizia não importar,

com tudo que questionava sobre um contentamento de admirar e o

descontentamento de perda, ao qual me destrói a cada manhã.

Mas há um lindo céu para me persuadir e enquanto as estrelam se renovam a

verei vagando pelas lacunas dos meus pensamentos a onde questiono estares

aqui sem está.

Já não se trata de paixão, já passamos por isso, além de muito mais;

Nos amamos à cada manhã, até nos momentos que poderíamos nos detestar.

Se não é disso que se trata o amor, eu não preciso amar, pois sorrir

para o nada e pular de alegria com um simples piscar, é uma premissa

que instiga os sábios ao desligar seus pensamentos por mais inerentes

que os sejam.

Resta-me ligar o rádio, entrar na festa dos estranhos e desejar ser outro

bobo circundado de luzes que piscam e mudam de cor.

Observarei o velho ao qual faz as crianças sorrir, tentarei não me importar

com o céu, pois amanhã a festa deles acabam, até outra surgir.

Já a minha, findou desde que deixas-te de acender um peito saudoso

por festas, aos quais só você conseguiria organizar.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 25/12/2013
Reeditado em 25/12/2013
Código do texto: T4624820
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