Ao mundo..

Entre a vida e a morte está a decisão e, para ela, o talento da confusão. Hora ou outra percebe que viver é magnífico e outrora já não se quer ver pertencente a ela. Entre segundo e outro á a mudança de humor, sorriso, lágrima, motivo, horror.

Há a vontade de morrer, a afinidade com o lado obscuro. Vontade sem coragem. Corroi, corrompe, machuca, destrói.

Pode até ser que nada disso tenha valor ou sentido pra você, mas ao menos seja complacente .

Obrigada por me fazer mudar, por me fazer sonhar, por me fazer amar. Desculpe-me por mudar, sonhar, amar. Desculpe-me por ser transparente, por não ser capaz de esconder sentimentos, por ser sincera, por ser severa, horrível, um monstro, algumas fezes!

Obrigada por me dar oportunidade de estar aqui, por me apresentar à poesia, por me encher de encantos e desencantos.

Desculpe-me por dizer tão calma e polidamente o que penso e desejo, por não me impor, indispor ou agredir. Desculpe-me por sofrer por coisas abstratas, por acreditar nas pessoas, por ser fiel, por querer ser mais. Desculpe-me por acordar, levantar da cama e sair de casa. Desculpe-me por conhecer pessoas, me apegar e cultivar.

Desculpe-me por pertencer ao mundo, por ser menos que você, por ser uma mulher de meias qualidades.

Desculpe-me por não querer as coisas pela metade, por honrar minhas palavras, por ser sincera. Desculpe-me por chorar as escondidas, sufocar minha’alma.

Desculpe-me mundo, por simplesmente existir!

Lilian Pagliuca
Enviado por Lilian Pagliuca em 08/01/2014
Código do texto: T4641361
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