Diálogo dilacerador

Vem como uma tempestade glacial destruindo tudo, gelada, sem piedade, movendo as estruturas, trazendo dor e martírio de palavras, desconfigurando o céu, descabelando as estrelas, contorcendo o mar e movendo o oceano de lugar... O seu diálogo dilacerador.

Eu... Pobre inocente... Nunca havia presenciado a fonte da incompreensão coexistindo em um corpo humano...É quase inacreditável suas fontes de certeza, achava que elas eram sulreais, hoje presencio e sinto suas rajadas em meu mundo. Me mato, me jogo de um prédio, me entorpeço em lágrimas, me cubro com a dor, desafio o meu coração a nunca mais sentir alguma coisa por você, mas ela sempre reina fiel ao seu criador... Você!

O homem que amo e odeio ao mesmo tempo, a criatura que dou meu coração e meus sentimentos, meu olhar e meu temor, é o mesmo que me trai com a sua lastimosa incompreensão. Eu me sinto saciada da dor, mas ela mesmo assim insiste em me revelar as suas mutações! Eu me canso e descanso de você, me entrego, rasgo meu mundo em pedaços bem pequenos, escondo as ranhuras, e juro nunca mais me importar. Mas quem suporta tamanha incompreensão não pode ser humano... A simples tarefa de se colocar no lugar do outro se torna aberração pra você! E eu que acreditei, que me dei, que renunciei por você, me vejo torpe e infeliz dentro de um coração vazio que não tem mais cura!

vivi star
Enviado por vivi star em 17/01/2014
Código do texto: T4653933
Classificação de conteúdo: seguro