OLÁ; meu pai

Hoje fui ao DETRAN, era pra se uma simples ida a um órgão público (enfrenta uma fila, se atendido por uma senhora que já não entende o que a gente fala e já escuta bem pouco). Tudo saiu como era de esperar-se, porém não foi tão simples assim. Estava em pé na fila com o n°218, era umas 09h55min, estava inquieto por conta da demora, quando uma simples cena emocionou-me.

Tinha um garroto como eu, nervoso, ansioso, inquieto, mas contente, com a certeza de que iria dar tudo certo. A única diferença, dele para mim, era quem estava ao nosso lado.

Ao lado dele estava o pai que o abraçava ao mesmo tempo em que falava ao seu ouvido, “calma filhão”, batia-lhe no peito dizendo; “passa nessa simples prova que dou lhe uma moto”.

E ao meu lado, ninguém!(como em toda a minha vida).

Nesse momento até pensei em chorar, mas uma coisa tão simples não ia fazer um homem tão forte, se derreter em lagrimas. Olhei pra cima, com os olhos já vermelhos e com um nó na garganta, passei a mão no rosto e fiquei acariciando o meu queixo, dizendo só comigo “não posso deixar que meu filho passe, por isso, estarei com ele nos dias tensos, felizes e mais tristes da sua vida”.