Carta para a Morte
Morte,
tu que é onipotente, onisciente e onipresente. Chega a todos, aos patrões, aos operários, aos ricaços, aos vagabundos,aos bons, aos maus, aos altos , aos baixos, aos gordos, aos magros.Diga-me o segredo da boa vida antes de chegar a minha hora de lhe acompanhar, tenho comigo a mais absoluta certeza que conhece este segredo, o segredo da felicidade, pois é existente desde que o primeiro ser vivo nasceu.
Me ensine velha amiga, já me acompanha desde a primeira vez que enchi meus pulmões com ar,ensine-me como viver a felicidade, não quero que dos meus olhos saim lágrimas, que de mim brote dor, que nasça em meu peito o desejo de lhe ver a face prematuramente.
Acredito que sois boa, já pensei que foste a grande vilã,porém agora percebo que fui injusta e peço que dê-me forças para evitar me arrastar pra teus braços, és a única companheira que tenho ao meio dessa solidão imensurável mesmo não te conhecendo face a face, pensar que tu existe já é um grande alívio em meio do desespero.