Isto não é uma carta de amor II

Querido Re,

A ilusão a qual me encontro não me permite entender, querido, que de nada valerá pedir que você fique.

Ah, Re...

Por que fugir? Não há razão pra se ausentar.

Mas se você precisa ir deixe ao menos eu me depedir! Sou incapaz de mudar o que o destino destinou pra mim.

Só peço ao tempo ao menos um momento pra dizer adeus.

Não posso evitar, querido, tenho que tentar pedir pra você ficar. Sinto medo ao imaginar a tua ausência. E as esquinas que testemunham nossos dias, e a Lua que se lembra de quando nos iluminou.

E a vida tão medíocre que ei de levar. E todo o meu amor, que vai doer.

Vou passar meus dias me perguntando por que os amores se vão. Tentando entender a cor do céu.

Ah, Re, deixe-me ir contigo, se deveras precisas ir. Receba-me em teus braços. E nada mais. Que seja só nós dois, e qualquer outro alguém, que fique pra depois.

Mas se deveras fores, estarei a esperar.

Sempre Vossa,

Dama Coroada.

Pâmela Carla Himmeôn
Enviado por Pâmela Carla Himmeôn em 08/04/2014
Reeditado em 08/04/2014
Código do texto: T4761825
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