Pai

Cara bem na dele...

Sorriso de lado,

meio calado,

parecendo distraído

mas atento a tudo.

Quantas vezes fingiu que não viu?

Quantas vezes calou por amor?

Quantas vezes...

Passou pela vida como se tivesse a obrigação

de prover, de cuidar, de alimentar, de proteger.

Sisudo, sério...

Honesto a um ponto que jamais vi em lugar algum.

Quando pensaram que você não estava ali,

Você estava mais inteiro que ninguém.

Quando pensaram que você não sabia,

o conhecimento absoluto era só teu.

Tolo aquele que pensou te enganar.

Seus "enganos" eram sabidos por ti.

Favorecia aos outros por um único motivo:

Tua consciência te bastava

E o pouco, pra ti, era muito.

Chegou ao fim da vida

Sem nada de "material"

Mas levou consigo na morte

O que pouquíssimos puderam ou

Conseguiram levar:

Tua Moral

A ti devo o que sou:

Não quero tudo,

Não preciso de tudo,

Não sou materialista,

Não sou consumista

E vivo na ansia de ajudar

Porque aprendi a maior lição da vida:

Eu me basto e minha consciência

É o meu maior bem!

***

09/09/2014

Márcia Magal
Enviado por Márcia Magal em 09/09/2014
Código do texto: T4954809
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