AH ! COMO DÓI!

Não dá para explicar o sentimento de quem se sente traído. Somente passando por isso para saber. Parece que meu peito foi ferido...Sinto-me sangrando o tempo todo. Ah! como dói! Assim tem sido o meu caminhar. Não pelo cargo... mas pela amizade imensa...
Te amei muito. Confiei cegamente. Jamais esperei qualquer atitude contrária. Você foi a amiga, em cujos ombros chorava nos momentos tristes. Que tambem dividia as alegrias (ainda que poucas). Você foi a irmã mais jovem, mas com algumas afinidades, por quem eu zelava, defendia (de tudo e de todos). Você foi a filha, que se auto-adotou, mas que acabou sendo adotada no coração carente por uma filha... Você foi a adjunta que somava (ad) para melhoria do trabalho.
Como entender essa sua atitude...? Voce era minha colaboradora! Como entender que resolvesse me abandonar justo no momento mais difícil? Como aceitar que mesmo conhecendo toda minha história (trajetória de humilhações...), e a exaltação concedida pelo Pai, quisesse me "derrubar"?
Não se pode ser totalmente feliz, quando para isso pisamos em alguém. Não se pisa, nem se trai uma mãe.... ainda que não biológica... Não há nada no mundo, nem dinheiro algum que pague uma amizade tão grande...

...Sinto-me como Neemias lutando contra Sambalate. Como Elias, até "fugindo" de Jezabel; como Davi lutando contra o gigante. Mas vitorioso em nome do Senhor dos Exércitos!
Eu quisera ouvi-lo dizer: -"Basta, vá descansar..." Mas enquanto não recebo esse comando, tenho de lutar.
Sou como a menina dos seus olhos. Ele me ama e me protege. E me vinga....

Estou pedindo a Ele, que me ensine a perdoá-la. Mas, mesmo quando isto ocorrer, creio que estarei marcada para sempre. Não terei condições de confiar totalmente em ninguém ...

Desejo que não só compreendas a minha posição, bem como reveja suas ações. Faça o que teu coração (e razão) mandar. Somos seres racionais, não ´podemos agir por impulso ( o coração é falho). Desejo também que um dia nossa amizade volte a ser a mesma (se for possível...)

(15/05/2001)
Prof Nadir Antunes
Enviado por Prof Nadir Antunes em 23/05/2007
Reeditado em 31/07/2007
Código do texto: T497844