Não é questão de não poder se sentir à vontade para falar livremente sobre tudo. Essa liberdade, sempre lhe foi concedida por mim.
Na verdade, o que não se deve é sentir-se à vontade para diminuir alguém, para incapacitar, ou subestimar chamando-o de estupido e achando que sua estupidez é tamanha que nem notará o insulto-desabafo em relação a sua pessoa.  
Você é uma pessoa educada e gentil, porém nos momentos em que se exalta, costuma “perder a cabeça” e, consequentemente, se esquece com quem está falando. O correto seria não perder a cabeça com quem quer seja, evitando assim, destratar quem não merece. Quem é que merece ser destratado? As pessoas que são consideradas desagradáveis, é melhor que sejam ignoradas.
Sinceramente, eu mudei da água para o vinho - depois dos acontecimentos traumatizantes que enfrentei - em vários cantos de mim. Não consigo confiar nas pessoas. Além do que, não me sinto mais presa a elas.
Este sentir-me presa, do qual eu falo, significa que antes dessa mudança, em mim, eu ia deixando as coisas de qualquer jeito, para não importunar a minha relação com a pessoa que eu me sentisse de alguma maneira ligada emocionalmente a. Mesmo me sentindo ferida. Depois dessa mudança, em mim, eu passei a não ignorar mais nada. Eu  coloco tudo bem nítido em minha mente, e tomo a decisão necessária, evitando novos constrangimentos que me façam sentir magoada. Eu não quero mais conviver com pessoas que me fazem sentir algo ruim. Ou, que me fazem parecer ser diferente do que eu penso ser. Não vejo a menor necessidade em estar me relacionando com quem me tire a paz.
Quando eu sentia pavor em estar sozinha, eu aceitava de tudo, em “meio” silêncio. Hoje, que eu descobri o quanto estar sozinha é bom, eu não tolero insultos, ironias, desdém, ou qualquer outra coisa que estrague o meu dia, os meus momentos, os meus instantes, ou que inquietem os meus sentimentos. Não vejo significado em aturar o desprazer do outro, em relação a mim.
Eu aprendi a me respeitar.
Outra coisa que mudou em mim, foi o “termômetro dos sentimentos”. Sabe aquela coisinha que temos dentro de nós que funciona como um tipo de indicador, avisando-nos que estamos sendo gostados por alguém? O meu parece que está desativado, pois eu não consigo sentir os sentimentos alheios sentidos por mim. Pode ser estranho. Talvez seja mesmo, muito estranho, mas é exatamente dessa maneira que eu me sinto.
O mais importante é que não tenho me sentido coitadinha, não tenho me sentindo pedacinho. Eu estou me sentindo muito bem, obrigada.
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 19/10/2014
Reeditado em 01/02/2015
Código do texto: T5004312
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