Carta Para o Eduardo

Não sei como vai ser o meu dia, nem me importo em pegar aquele ônibus lotado, sem lugar para sentar, pessoas ouvindo musicas no telefone sem fone de ouvido, motoristas mal humorados, sempre aquela menina que pisa no meu sapato, aquele senhorzinho que leva o neto dele e sempre reclama do tratamento dado aos idosos, confesso que hoje nada vai estragar meu dia, com os 500 relatórios que preciso dar baixa, até o café nem me importo se estar fraco com pouco açúcar, e nem quero saber se hoje preciso fazer duas resenhas sobre a psicologia da educação, nem me importo hoje se estar um calor de 40° graus, cara hoje simplesmente é um dia um pouco magico e especial para mim, o motivo disso tudo é até um pouco triste, sonhei com o meu primo, nossa nele estávamos correndo pela rua, tinha que jogar futebol e eu deixei você fazer aquele gol, como sempre você estava me defendendo de algo, poxa outro dia queria que você estivesse aqui estava com medo, mas estávamos rindo no sonho eu tinha aprontado e corremos, eu lembro que apostamos corrida até o ferro velho e você deixou eu ganhar dessa vez, pela primeira vez no sonho não tinha ideia que era um sonho, você parecia tão real que em um momento estávamos lembrando do colégio, do Soares, Nogueira e de uns outros Leonardo e até do Douglas, poxa queria ter sonhado mais.

Em um momento quando acordei tive a sensação que dia desses ai vamos nos encontrar, e eu parei de culpar a Deus por ter levado você, hoje eu agradeço a Deus por você ter existido.