Quantas saudades Zeneida!

Agora pouco, lembrei-me dos momentos que passamos juntas eu e minha madrinha de crisma, minha patroa, minha amiga, e minha mãe, Zeneida Costa e comecei a chorar. Então perguntei a Deus como ele pode fazer isso, tirar a vida de uma pessoa que gostava tanto dele, que ajudou tanto a casa dele, que amava ele, que fazia de um tudo para que ele gostasse dela, cumpria os mandamentos, uma católica fiel... Ela era ainda tão nova, gostava de se divertir, de passear, de me fazer raiva { risos }, ou será que isso foi um castigo para me mostrar que só valorizamos as coisas quando perdemos, porque se foi Senhor eu já aprendi tá, agora me deixa seguir minha vida. Ainda lembro os dias que eu respondia mal a ela, os dias que ela me pedia para ir a missa com ela e u não ia, as vezes eu com raiva dela e ela tinha que pegar na minha mão para atravessarmos a rua, e eu sem querer pegar. Como eu queria pegar hoje, andar de mãos dada com ela, ir a missa com ela, tocar aquela pele, aquele cabelo, dá cafuné, ama-la de todas as maneiras. Talvez eu a amasse muito, e só agora vi descobri isso, mas tivemos muitos momentos bons, lembranças que nunca vou esquecer. Eu queria passar ao menos um dia sem lembrar dela, daquele sorriso lindo, daquele jeito tão meigo, tão sem maldade, e tão sincero. Da maneira de como tratava minha família, principalmente a mim. Hoje porém só as lembranças de um alguém tão especial que se foi e não volta nunca mais. Mas não suporto a ideia de saber que aquela pele tão sensível, olhos castanhos, cabelos escuros, não existe mais, que a terra está comendo ela. Maldita seja por isso. Mas no meu coração ela existe e para além da eternidade, pois eu sempre irei ama-la muito muito muito.

Onde você estiver

Não se esqueça de mim

Não me deixei sozinha

E tão triste assim

Juciana Miguel
Enviado por Juciana Miguel em 12/12/2014
Código do texto: T5066897
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