CARTA DO MEU EGO

Caro Rolim.

Hesitei muito em te escrever, não sei qual será sua reação, mas

gosto muito de você para me calar diante do teu silencio.

O que está acontecendo contigo meu querido poeta??

Há tempo não te vejo em lugar algum, por onde andas??

Tenho passado no "Recanto" na esperança de te achar em alguma

poesia ou quiçá num poetrix. Mas qual o que! só o branco do

vazio depois da ultima publicação.

Me dissestes um dia querido poeta, que o "Recanto" era o teu

refugio, o universo dos teus desabafos. Por que o silencio???

Não lembras que tens muita gente que te gosta e que te lia,

e que busca na rotina do dia um verso teu?

Quebra essas algemas de tristeza dos teus olhos poeta, volta.

Nos diz alguma coisa.

Retira o punhal que não escreve e brinda-nos com a taça da

poesia.

Te conheço muito bem Rolim, e sei que estás a nos decepcionar.

Sei que tens mil versos a nos dizer, mil poesias pra se romper.

Deixe que a canção transpasse a cerca do amanhã.

Não fiques chateado comigo, mas necessitava soprar-lhe essas

palavras para arrancar-te pelos menos um verso-sorriso teu.

Atenciosamente,

Teu (apaixonado) Ego.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 13/04/2015
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