Carta

Sevilla, 23 de janeiro, sábado, 2:15am. Dois Mil Diz:Ei!

Uma certa ansiedade é o que move o inicio de uma carta...

Cada vez que sinto isso, sinto que devo te escrever. Como se tivesse que contar, como se quisesses saber.

É claro que tudo isso acontece na minha cabeça, no meu peito, na boca do meu estômago, na minha garganta.

Então paro para escrever. Só consigo falar de sentimentos. Porque sinto todo o tempo. Porque não paro de pensar. Porque não quero desconectar de ti.

Falar de sentimentos que no fundo revelam inseguridade, incerteza, falta de confiança... um monte de coisa que ta aqui dentro e que queria não adimitir.

Um dia vc me olhou e viu tanto potencial. E agora? E agora o que ves?

Potencial para ser a sua garota? Potencial para ser uma mulher admirável? Potencial para ser como eu sou? Potencial para ser algo que eu nem imagino que possa ser?

Tem gente que me ve como gente pronta. Tem gente que acha que eu já cresci, já aprendi o "suficiente", já sou eu entera. Mas e a minha parte que deixei contigo?

DIzem que eu sou boa em muitas coisas... mas eu sou boa mesmo em virar a noite falando contigo, contando histórias, tecendo teorías. Eu gostava mesmo de ser boa nisso, hoje já nem lembro do que a gente falava. Só lembro da tua presença quase real no meu cotidiano.

Agora tua presença é uma enorme projeção. Sinto viver um amor platônico. incerto. impossível.

Lembro de quando a gente sentia e experenciava o mesmo vivendo coisas completamente diferentes... será que isso ainda acontece?

Lembro de quando tu gostava de me colocar pra dormir...

Agora até nos sonhos apareces só de passagem.

Faz tanto tempo...

mas o teu bom dia ainda é o meu preferido.

Com saudades

Pi

Luah
Enviado por Luah em 23/01/2016
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