PESADA

Ele gosta de armas, então eu me torno uma delas. Quando me diz que gosta muito de música, me torno o próprio Raul Seixas, assim se ele gostasse de qualquer outra coisa eu seria essa metamorfose ambulante. Ele ama Guns N' Roses.

Talvez, se gostasse do campo, eu me tornaria um lírio, cantaria o meu eu-lírico ao falar dos nossos sentimentos, e assim se preferisse o mar, seria eu uma sereia cantando belas melodias do outro lado, e ele viria até o fundo comigo.

Vivo, então eu não preciso de explicações, e minha literatura é toda dele, e não existe nada detóx no que digo, é simples.

Eu me aqueço, em muitos dias distante, apenas imaginando realmente forte que ele esteja me abraçando muito apertado e me dizendo coisinhas (inhas) até pegar no sono, e acordaria muitas vezes, ele não consegue dormir bem, mas então me olha até que tudo passe, me assiste em sono profundo enquanto sonho com este sonho. Nunca descobriria o que se passa em minha cabeça quando suas mãos estão no meu cabelo, então eu viveria livre do seu poder.

Gabriela Gois
Enviado por Gabriela Gois em 29/03/2016
Reeditado em 29/03/2016
Código do texto: T5588780
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