São Paulo, 24 de Abril de 2016 - 05h22

Eu te escrevo e não sei exatamente o porquê. Talvez porque firmei meu sentimento por ti através da distância, tentativas que não lhe valem e embriaguez. Não sei se um dia ei de te entregar isso, mas as palavras estão fluindo de forma com que jamais fluíram. Minha caligrafia é horrenda, quase uma psicografia, como se vomitasse tudo que há em mim (mas se um dia receber isso, terei passado a limpo).

Acho que o que quero dizer é que eu te amo! E te dou o direito de se assustar, porque digo isso com a profundidade que jamais lhe disse. Você está distante, mas te tenho presente. Te disse isso enquanto estava bêbada na praia há uns dias atrás, mas acho que não surtiu tanto efeito quanto o evento requer. Coisas estranhas tem acontecido; é época de casamento sagrado, de ritos que celebram a união do sol e lua no céu simultaneamente. E eu, que sempre te assimilei ao sol e agora está longe, faz união a mim no céu azul. Eu fui atrás de ti, como prometi que não iria. Eu me queimei no céu diurno pra te ver melhor e te vi chorar... Só eu sei como gostaria de poder secar essas lágrimas.

Você diz que não tem cabeça para o amor agora e compreendo totalmente, acho que eu estaria na mesma posição e é por isso que não entregarei essa carta agora, mas quando estiver preparado para sentir toda a verdade que há nela (talvez esse momento nunca vá à existir).

Eu sinto falta da sua presença, mas não de você, porque de alguma forma, os deuses tem me pregado peças das quais eu não compreendo, mas subentendo. Como se, sob esse luar que ilumina minha folha, dissessem "Tenha calma. Não é agora, talvez nem seja, mas algo há de ser".

Não foi tempo o suficiente, nem toque o suficiente, mas gosto de você de forma da qual há muito tempo não saboreava. Penso e me preocupo com você constantemente, mesmo quando tento não o fazer.

E não te quero pra mim, te quero pra você! E se durante o deliciar dessa dádiva estiver pra mim, te abraçarei e envolverei de corpo e alma, até o momento que quiser voar.

Não sei se algo disso faz sentido, mas como eu disse; é quase uma psicografia.

Gostaria de ter algo bacana pra dizer no final, mas

Cheers darlin'

Lu A
Enviado por Lu A em 24/04/2016
Reeditado em 24/04/2016
Código do texto: T5614537
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