VADE RETRO!

O bom das cartas, como bem disse a canção, é que elas não olham nos olhos, o que facilita, e muito, dizer tudo o que se quer, na hora em que o coração precisa desabafar. Então, vamos lá!

Primeiramente eu não quero você na minha vida. Não quero! Você entende isso? Eu não quero você, nem nada, nem ninguém, que represente prisão na minha vida. Eu quero ser livre. Eu quero ser l- i- v- r- e!

Livre de gente me dizendo o que eu devo fazer, o que é certo ou errado, o que eu posso ou não posso; livre de gente me julgando, sem ao menos me conhecer e, sem saber da missa um terço, me condenando; livre de gente insegura, que se achando superior, se põe a me dizer como eu deveria ser ou como eu deveria agir; livre de perseguições; livre de tormentos; livre, enfim, de aporrinhação e mensagens sem nenhum cabimento no meu celular.

O desejo de ter você passou de um sonho a um mero delírio. Numa linguagem bem própria minha: peguei abuso! Eu tenho tantos planos pra mim, tantos sonhos a realizar, tanto trabalho pela frente para que o planejado saia o melhor possível! Não posso perder tempo com gente que não acrescenta e que, além de não acrescentar, me rouba energia. Não quero esse desgaste gratuito por uma pessoa que não vale a pena, que não faz (nunca fez) nenhum esforço pra ficar comigo. Não quero nada que torne mais difícil minha trajetória nesta vida.

Há muito tempo deixei de ser romântica e sonhadora como eu era. Atribuo isso a você. Alguma coisa você fez, então. Entrou na minha vida para me ensinar que o amor, o sonho de amar e ser amada, é lindo, é romântico, mas não é para mim. No meu caso, amar e ser feliz só existe nos versos poéticos de alguns livros.

Você apareceu do nada, não entendi ainda o porquê, me fez acreditar no amor que eu queria pra minha vida, e que agora estou convencida de que não existe, me enfeitiçou, mentiu, me fez promessas, me fez entregue a uma possível relação, e desde então nada acontece que seja bom pra mim. Tudo me faz mal. É verdade que eu poderia ter reagido bem antes, mas, em determinadas situações, eu não sei ser forte, deixo que façam de mim o que você quase conseguiu fazer.

Mas a vida ensina. Na marra! Por isso, mesmo não sendo fácil escrever tudo isso, eu quero que você vá se danar. Não vou nem dizer que desejo que pague pelo mal que me fez, pois a vida se encarrega disso.

Vê se desaparece, coisa-ruim!

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 16/08/2016
Código do texto: T5730270
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